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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A flor de Laura - Parte I

Em uma terra distante, longe das fronteiras de nosso mundo, existe um lugar. Neste lugar, o qual até hoje não sei o nome, existem campos floridos com ipês de todas as cores. O vento paira sobre os animais, as borboletas sobrevoam livres em sua rotina. Lá vivem homens, mulheres, e outras criaturas, as quais mostrarei no desenrolar desta história, ou melhor, da minha história. Porém não contarei tudo cronologicamente correto, já que existem páginas das minhas lembranças que foram apagadas.

Meus caros, eu lembro da tarde que conheci este mundo perdido. Estava como em qualquer tarde, em meu trabalho. Nesta época, eu fazia a clipagem em uma repartição. Recortava e colava as notícias que eram de interesse da repartição. Então, eu estava no meu trabalho, quando me mandaram sair e bater umas fotos. Peguei a câmera e fui. Lembro que neste dia, eu estava muito feliz, pois no fim de semana tinha beijado os lábios mais doces do mundo. Já falei pra vocês sobre ela? Ainda não? Nossa, é perfeita. Tem uma altura normal, para mulheres baixas, seu rosto é branco e lembra-me aquela personagem das histórias infantis. Como é mesmo o nome?... AH! Branca de neve. Não! Não é só a pele macia que me fez esboçar esta comparação, mas também a doçura e a ternura em seu olhar. Longe de sua beleza, dentro do mundo dela é tudo colorido. E me perdi naquele colorido. Não falarei aqui, do seu sorriso, nem de suas mágicas covinhas, muito menos de seu corpo. Falo do que existe por detrás da sua lindeza! Sabe, nunca vi tão valioso coração. Nem tão valioso carinho e simpatia. Ela é disputada sim, mas pelos fracos que não a sabem cultivar. Digo isso, porque ninguém enxerga e entende a alma de minha amada, apenas eu. Todos enxergam apenas seu corpo e sua simpatia. Porém ela é muito mais que isso. Bom, desculpem-me, mas ainda choro ao lembrar dela. Aquele beijo, Ah Aquele beijo. Voltando a história. Eu estava caminhando pelas ruas do bairro Michel e fui atravessar a rua, quando sem mais nem menos, cai em um buraco negro. Nunca senti tantos calafrios e tanto medo. O túnel não acabava mais, e meu corpo em queda livre!O medo me dominava. Minhas forças esperavam por um possível chão, e a morte parecia certa. Fechei os olhos. O vento cortava meu corpo. Porém uma sensação de calor me envolveu e o cantarolar dos pássaros invadiu meus ouvidos. Era tão belo aquele som. Meu corpo inteiro abriu-se em um sorriso. Nunca senti algo tão bom. O amor parecia estar ao meu lado, me afagando, abraçando-me, me beijando. Quando percebi meus olhos já estavam abertos. Não lembro muito do que vi, mas sei que haviam flores por todos os lados.

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