Pesquisar este blog

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A flor de Laura - parte final

Agora minhas lembranças levam-me ao dia em que descobri realmente o que havia acontecido comigo.  Lembro de meus olhos abrirem-se e a figura do homem vestido de azul invadir meus olhos. Levei um susto, mas ele logo me aclamou. Disse-me:
- Você está bem?
- Sim, apenas com uma dor de cabeça. Onde estou?
- O amor não lhe explicou?
- Não, só me falou das forças do universo. E mostrou-me a flor mais linda do mundo! Sabes!? A flor de Laura. - o homem de azul, após eu terminar minha fala, ficou com um semblante triste. – O que foi? O senhor também está apaixonado?
- Não, não é isso. Agora entendo o porquê de o amor não ter te falado.
- falado o que?
- Bom, tu não achasse nada estranho?
- Estranho, sim. Porém esqueci de tudo, quando vi a flor mais vermelha e viva. Sabe, a flor da branca de neve dos meus sonhos, a flor de Laura.
- Nossa! Que amor é esse?
- Amigo não consiguirei te explicar, é apenas algo que sinto a melhor coisa que já senti na vida. Pouco importa meus problemas, só quero que vê-la sorrir para sempre.
- Bom, acho que neste momento ela está chorando. – Falou-me o homem, com lágrimas nos olhos.
- Por quê? Alguma coisa aconteceu com ela?
- Não!
- Mas então o que aconteceu? – peguei-o pelo colarinho.
- Tu estás morto.
 Quando, o homem de azul terminou esta frase, desabei ao chão. Cai como nunca antes. As lágrimas brotavam de meus olhos, e lavavam meu corpo. A dor, dominara completamente minhas folhas. O céu parecia ter desabado. Então abracei o homem azul, com a maior tristeza do mundo. Meu coração batia com força. E minha garganta ensaiava algum berro, mas só uma palavra saia de minhas cordas vocais:

- LAURAAA!!!!!!!!!!!!!!
-LAURAAA!!!!!!!!!!!!!
O homem azul tentou me acalmar. Porém quanto mais o tempo passava, mais a dor tomava conta de mim. Até que ele encostou a mão em meu peito e disse:
- Acalme-se! Nem tudo está perdido!
- Como assim? EU morri! Você mesmo disse!
- Espera! Sente-se deixa eu te explicar.
Sentei-me sem pestanejar.
- Você estava atravessando a rua, distraído. No momento em que o homem foi mexer no som do seu carro, você se meteu na frente dele. Você foi atropelado. A sua alma, caiu e você foi parar em outro mundo. Agora seu corpo está preste a morrer, mas sua alma já está aqui. Pois o destino é esse.
- Mas eu não posso! Não! Eu tenho que voltar-gritei com todas as minhas forças.
- Sabe, normalmente eu não faço isso. Porém toquei-me com o teu sentimento. Espere aqui.

O homem de azul saiu da sala. As únicas memórias que eu tenho depois disso. È meus olhos abrindo-se, e a face de minha mãe abrindo-se em um sorriso e a sua voz gritando:
- Ele acordou! Ele acordou!

E assim voltei ao mundo, mas que mundo? O meu mundo, o sue mundo, o de todos nós. E para terminar, minha história, com ares de triunfo, talvez eu devesse dizer que tudo foram flores. E que ela estava em meu quarto quando acordei, mas faltaria com a verdade. Ela não estava em meu quarto. Encontramos-nos em uma festa, depois de certo tempo, e ficamos novamente. Começamos a namorar e nos casamos. Porém o destino, com sua faca certeira, fez com que ela fugisse de meus braços. Talvez o destino tenha nos separado para guardar para si aquela flor. A flor mais linda que já vi. A flor de Laura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário