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quarta-feira, 21 de março de 2012

Sombra do Passado

Sombras do passado
voam sobre mim
Caminho cansado
Sem ter aonde ir
Minhas pernas doem
Meu grito não se escuta
Devo beber a cicuta?
-Pergunta meu coração
Minha alma não se liberta
É primavera
Fecho o portão
O vento, sopra em minha face
Desgraça na estação das flores
Perdidos amores
Que me fazem morrer
De tanto amar
Pensando todos os dias
No mesmo rosto
No mesmo sorriso
No mesmo olhar...
Indo embora
Caminho cansado
Sem ter aonde ir
Não deveria ser assim
Na estação do amor
A dor surgir...
Vomito minha indecisão
Bebo minha tristeza
Vivo minha solidão
Em meio a milhares...
Sou escravo do passado
Devo fugir para palmares?
Meus ares se esvaem
Já não sei onde respirar
Nem sei quais terras são minhas
Nesse conto de fadas
Fadado que estou a procurar
A princesa que um dia salvei
Da torre da autocomiseração
Que me fez sorrir
E depois...
Se foi
É fim de tarde
Entro em casa
Dever cumprido
Amor revivido
Coração angustiado...
Vá embora sombra do passado!

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