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domingo, 7 de novembro de 2010

Laços

Quebram-se os laços
E as lágrimas,
E as histórias,
Deixam o coração em pedaços.

Quebram-se os laços
Pela raiva doentia
Pela noite vazia
E os abraços...
Ficam esquecidos
E o passado
Torna-se um grande bandido.

Quebram-se os laços
O que era bom,
Já não se lembra
E o ódio atormenta
O corpo vazio.

Quebram-se os laços
E o invisível morre,
E os olhos lacrimejam
O coração sangra
Na noite vazia,
Sem estrelas, sem lua e sem brisa.

Olhos caídos,
Orgulho ferido...
Quebram-se os laços
Vão-se os amigos
E os amores.

Quebram-se os laços
E o que fora cultivado,
Plantado, não será colhido.
Tornamos-nos soldados feridos
Em uma batalha vã.

Quebram-se os laços
Por nada, por detalhes,
Ou por orgulho.
Por traição, por ódio,
Por idiotice.
Porém em cada laço quebrado
Fenece uma parte minha.

Não somos apenas “um”
Somos “muitos”
E o invisível é essencial ao coração.
Quebram-se os laços
E o orgulho e a amargura,
Apoderam-se de nossa oração
Impedindo que digamos:
Perdão.

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