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domingo, 27 de setembro de 2009

Canção do morticínio

Autor: Lucas Colombo

Minha terra tem fronteiras
Onde matam o sabiá
As aves que gorjeiam
Já não estão mais lá.

Minha terra tem latifúndios
Onde acabam por matar
Minha amiga, mãe natureza
Sem pestanejar.

Nosso céu não tem estrelas
As flores da várzea morreram
Nos bosques não há vida
A poluição matou nossos amores.

Em cismar, sozinho, à noite
Mais tristeza encontro eu cá;
Minha terra tem fronteiras
Onde matam o sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Pois tudo há de mudar.
Minha terra não tem palmeiras
Mas o beija-flor insiste em voar.
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Este texto é uma paródia do poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias

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